A presença do homem no processo educacional da criança: Conversando sobre saúde com o médico Alexander Saliba
imagem: internet
Em casa, na escola, nas creches, a presença do homem é cada vez mais escassa, cada vez mais rara, e a criança necessita do referencial masculino tanto quanto tem necessidade do referencial feminino no processo de formação de sua personalidade.
Sabemos que o pai assoberbado por inúmeras obrigações, condição também vivida por boa parte das mães, mas trabalhada de forma diferente pelas mulheres, se ausenta cada vez mais do lar. Geralmente sua presença só é sentida nos fins de semana e assim mesmo de forma não muito convivencial, ou seja, o momento lúdico entre filhos e o pai acaba se dando em uma ida ao clube ou uma descida para uma volta na quadra ou no quarteirão, onde via de regra, o pai encontrará outros adultos e enquanto vigia, bate um papo, mas a convivência em si, com os filhos, fica comprometida.
Na escola, a criança tem mais de 90% dos professores do sexo feminino, e com isto a informação transmitida pelo masculino é comprometida ou não existe. Tenho certeza que uma maior participação do pai, do professor, de pessoas do sexo masculino nesta fase do aprendizado da criança seria de grande valia para este pequeno ser que começa a entender a vida.
Existem creches onde homens foram colocados para tomar conta das crianças junto com as preceptoras ou tutoras ou como queiram chamar as mulheres que assumiam o papel de cuidar destas crianças, e que o resultado foi surpreendente. Os homens mais idosos, com a paciência e a compreensão das necessidades das crianças que a idade proporciona, geraram processos altamente produtivos para as crianças com quem mantinham contato.
Há muito venho buscando meios pessoais, sem envolvimento do governo ou recursos públicos, para criar uma instituição de guarda e assistência à criança e ao idoso, onde ambos convivam trocando energias e experiências.
Tenho certeza que ao mesclar estas duas fases da vida, uma começando e outra na sua fase terminal, processos serão gerados tanto nas trocas como nos modelos de convivência que serão de grande valia para ambos. Nas crianças, o contato com pessoas mais pacientes, menos autoritárias, com maior capacidade de ouvir, conversar e ser gentis, quando não, carinhosos e presentes, só serão de valia para ambos. O poder desfrutar do carinho e da meiguice paciente do idoso, como do idoso que reabastecerá suas fontes energéticas desgastadas, na maravilha de uma vida que começa a viver, é um processo fantástico onde as pontas da vida se encontram e formam um modelo circular de pulsante crescimento.
Dar esta chance a ambos de viverem este momento mágico é uma meta que com certeza farei acontecer.
Dr. Alexander Saliba
Clínico Geral e Pediatra
Especialista em Homeopatia
CRM-DF: 3200
Edna Santos
Sou separada há 05 anos e criei minha filha de 08 anos com esta dificuldade, pois ela sempre teve ausencia masculina devido minha familia ser formada por grande número “só de mulheres”… sendo assim, sempre elio e estudo sobre a psicologia infantil e busco justamente pontos isolados mas que de certa forma possam dar identidade a esta presença masculina na vida da minha filha. Parabéns pelo belo trabalho, a sociedade agradeçe!!! Grande abraço, Edna Santos
Blog GriFina
Edna, que bom que gostou e se identificou com o texto do Dr. Alexander.
Parabéns pela sua dedicação e cuidado com a criação de sua filha! Beijos, Vanessa.