Olá, Grifinas! Meu nome é Luana, sou engenheira florestal, apaixonada pela vida e pela natureza, por coisas úteis e às vezes fúteis, afinal, quem não é, hehe. Amo viajar, conhecer lugares e pessoas novas. Para mim viajar é sempre um grande aprendizado, não só sobre outras culturas, mas também sobre mim mesma. Sou amiga da Vanessa Vasconcelos há 13 anos e fiquei de contribuir com alguns posts para o blog. Estou muito feliz com a concretização desse sonho antigo de uma amiga tão querida. Espero que gostem!

natureza

Muitas vezes quando pensamos em natureza imaginamos algo distante de nós, como a Floresta Amazônica por exemplo. Todos os dias passamos por milhares de árvores e jardins, mas na nossa correria diária não nos damos conta de como essas áreas são importantes para nós.

As árvores contribuem com a diminuição da temperatura e da poluição sonora; purificação e umidificação do ar (retirando o dióxido de carbono da atmosfera e liberando oxigênio e vapor d’água na atmosfera); retenção da água da chuva; fornecimento de frutos, abrigo e sombra; e revitalização das áreas urbanas. O que poucas pessoas sabem é que além desses benefícios as árvores afetam nossa saúde física e mental, nossa autoestima e nosso estilo de vida.

Independente das condições sociais em que as pessoas vivem, a quantidade de plantas existente no ambiente ao seu redor afeta a sua saúde, diminuindo sua pressão arterial, frequência cardíaca e outros indicadores de stress como o índice de depressão.

Pesquisas em hospitais sugerem que pacientes que conseguem ver, da janela de seus quartos, plantas e árvores, têm uma recuperação cirúrgica mais rápida e precisam tomar menos remédios. Pacientes com acesso a áreas verdes saem mais cedo do hospital, tomam analgésicos mais fracos ou em menos quantidade e têm menor número de pequenas complicações pós-cirúrgicas. Outras pesquisas revelam que mães que moram em locais em com muitas árvores ao redor têm menos chance de ter filhos abaixo do peso.

Outros estudos mostram que o tempo gasto em atividades ao ar livre como caminhadas, corridas, ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação é ótimo para a mente e chegaram a conclusão que os efeitos mais positivos na saúde e autoestima das pessoas vêm já nos primeiros 5 minutos, então falta de tempo não é desculpa (pesquisadores da Universidade de Essex , no Reino Unido). Estar na natureza normalmente está relacionado a atividades físicas; ou outras que muitas vezes estimulam a socialização; além de oferecer uma oportunidade de fuga temporárias da nossa rotina e de suas exigências.

Para Yoshifumi Miyazaki, codiretor do Centro para Meio Ambiente e Saúde da Universidade de Chiba, no Japão, já que passamos 99,99% de nossos cinco milhões de anos de evolução como primatas em meio à natureza, seríamos essencialmente conectados a ela. Em sua pesquisa, depois do segundo dia de andanças numa floresta local, um determinado tipo de glóbulos brancos, nossas células de defesa, teve um aumento de 56% nos indivíduos acompanhados e uma quantidade 23% maior das células em relação ao estado original foi mantida durante um mês após a caminhada e o retorno à vida urbana. Para caminhadas em ambientes urbanos e naturais, usando os mesmos indivíduos, além dos glóbulos brancos, foram analisados a quantidade de cortisol (um indicador de estresse), pressão sanguínea e batimentos cardíacos. Notaram uma diminuição de 16% no cortisol, de 4% para batimentos cardíacos, de 2% para a pressão arterial, entre outros efeitos. É claro que os efeitos são sutis e dependem da personalidade de cada um.

Não se sabe ainda se o gosto pela natureza é genético ou cultural, mas os estudos nos dão a certeza de que ela nos faz muito bem!

Que tal dar uma caminhada em meio às árvores, ou na praia, e ainda gastar as calorias extras adquiridas nas festas de fim de ano?

Um 2014 repleto de realizações! Muita saúde, paz, amor e sucesso a todas as leitoras do blog!