Lesões, como correr delas! Texto do Personal Trainer Guilherme Henrique.
A corrida de rua, por ser um esporte relativamente fácil de praticar, vem tendo um grande número de adeptos, porém o número de pessoas lesionadas também é alto, o que, em tese, não deveria ocorrer, já que é uma modalidade “simples”, como ouvimos dos praticantes.
O elevado índice de lesões acontece por conta da falta de orientação profissional. Embora pareça simples e fácil sair por aí correndo, não é todo mundo que está pronto pra isso, não é todo mundo que sabe correr.
Para iniciar a corrida, é preciso passar por uma avaliação médica, para verificar se não existe alguma lesão ou patologia prévia e, após a liberação, é preciso procurar um treinador, graduado em Educação Física, para que o mesmo realize testes funcionais e de aptidão física, verificando erros na mecânica da corrida, desequilíbrios musculares (fraquezas, assimetrias e encurtamentos) e, posteriormente, elabore o programa de treinamento de acordo com as necessidades individuais de cada um, controlando as variáveis como volume e intensidade do treino, por exemplo.
Além das lesões mais comuns que são fascite plantar, tendinopatias, “canelite” – inflamação do periósteo da tíbia (osso da parte anterior da perna) – e condropatias, muitos corredores também sofrem com dores na região do trapézio e na lombar, por conta de desvios posturais e do próprio impacto que ocorre durante a corrida.
O fortalecimento muscular é de suma importância para a prevenção de lesões, pois com a musculatura fortalecida, o impacto da corrida é menos desgastante para as articulações. É necessário que se faça um trabalho de fortalecimento geral, mas dando ênfase na musculatura de coxas, pernas e glúteo, musculatura dorsal, além da região do core (centro do corpo, incluindo abdômen e lombar), ênfase esta que será para determinado grupamento muscular ou outro dependendo das necessidades de cada indivíduo.
Outro fator importante na prevenção de lesões é a flexibilidade, principalmente de isquiotibiais (musculatura posterior da coxa) e panturrilha. O corredor não precisa ser a pessoa mais flexível do mundo, mas é imprescindível o treinamento dessa capacidade física, para que se tenha um grau de amplitude articular seguro, além de que se um músculo estiver encurtado, ele, consequentemente, estará fraco.
É importante que o praticante, de qualquer modalidade, esteja sempre atento aos sinais do corpo, desde um simples desconforto muscular e/ou articular e informe o professor/ treinador para que o mesmo faça as devidas alterações no treino.
Praticar exercícios físicos é um ótimo hábito, mas é preciso que se faça com consciência e orientação profissional, para que a atividade promova benefícios para nossa saúde e bem estar e não malefícios como lesões e dores.
Procure um profissional de Educação Física e bons treinos!
Guilherme Henrique Nascentes
Personal Trainer / Consultor Fitness
CREF 9552 G/DF
ghnascentes@gmail.com / (61) 9232-9994
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